Dentre as figuras políticas que indicaram voto em Lula no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, o então senador cearense do PSDB Tasso Jereissati foi uma das adesões mais celebradas pelo lulopetismo.
Tasso, apoiador de primeira hora do governador gaúcho Eduardo Leite (RS) como principal nome de seu partido, viu em Lula, como tantos também o fizeram, a única saída democrática numa eleição que tinha o então presidente Jair Bolsonaro como um dos dois candidatos.
Pois bem: a lua de mel entre Tasso e o governo Lula 3 parece ter acabado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta segunda (6), Tasso, agora retirado da vida pública, vê um governo “radical” em sua política econômica. A seu ver, os ataques de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, são “completamente desnecessários”.
Disse Tasso ao Estadão: “A expectativa era de que o Lula viesse com a disposição de fazer um governo para todos, mas isso não aconteceu. Estamos vendo um Lula até raivoso em determinados momentos”.
E seguiu: “Ele mesmo falou que era preciso acabar com o nós contra eles. Não veio um Lula Mandela, veio um Lula anti-Bolsonaro.”