A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) foi uma das figuras eleitas em 2018 que honraram o bom detabe na Câmara Federal. Eleita pelo PDT, sentiu o peso das estruturas partidárias ao desobedecer a determinação partidária e votar a favor da reforma da previdência em 2019. Ciro Gomes ajudou a fazer de sua vida na legenda pela qual se elegeu um inferno.
Mesmo sob ataque de duas forças antagônicas – o bolsonarismo e extratos da esquerda -, Tabata conseguiu se reeleger, agora pelo PSB, em outubro, com uma votação muito expressiva: 338 mil votos, cerca de 70 mil a mais do que em 2018. Em entrevista a Folha de S.Paulo nesta quinta (15), ela reputou a vitória ao fato de “travar lutas como a da distribuição dos absorventes, do Fundeb e da vacina para professores”.
“Acredito que eu conheço o meu eleitor. Eu não me elegi com redes sociais. Meu eleitor era da periferia, de classe C, e estava menos preocupado com discussões do Twitter e mais com coisas concretas.”
Tabata ainda disse que talvez fosse mais “confortável” não apoiar Lula ou “não se posicionar” nas eleições majoritárias, mas considerava que a “democracia estava em risco”. Para ela, Lula é uma figura “ampla”.
“Em governos passados, levou para o governo pessoas que inclusive não o tinham apoiado na campanha. Dialogou com o Congresso e com quem pensava diferente. Aposto muito nessa amplitude dele e no cansaço que a população está com essa divisão toda.”