O ex-premiê britânico Boris Johnson, líder do partido Conservador do Reino Unido, que foi impelido a renunciar a seu cargo por quebras de decoro distintas – festas durante lockdowns; endosso de frases incorretas de subordinados etc. –, viveu mais alguns instantes de celebridade com a renúncia de sua sucessora, cujo gabinete ruiu em poucas semanas.
Mas o nome de Johnson, recolocado em debate, tinha pouquíssima viabilidade eleitoral dentro de seu partido, e Rishi Sunak acabou assumindo a cargo. Sobrou a Johnson, então, fazer aparições esparsas na mídia, como a que fez à CNN Portugal esta semana.
E na entrevista que concedeu desferiu ataques contra os principais parceiros na OTAN da União Europeia. Sobre a Alemanha, por exemplo, Boris indicou que a visão predominante era mais ou menos na linha: “se a guerra é inevitável, que seja rápida”.
(Os alemães retrucaram dizendo que o ex-premiê tem uma “relação particular com a verdade”.)
Sobre a França, Johnson disse que o país esteva em “estado de negação” até o último momento (anterior à invasão russa).
O ex-premiê também criticou Mario Draghi, líder italiano durante as primeiras semanas da invasão, que teria se afastado das decisões dos homólogos europeus na OTAN por conta da dependência italiana de hidrocarbonetos russos.