O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez movimentos importantes ao longo de 2022 para tentar colocar (ou manter) o país no rumo da normalidade institucional. Um exemplo foi declarar decisiva e rapidamente a eficácia e a lisura do voto eletrônico nos momentos em que o Chefe do Executivo mais fez carga contra o sistema.
Pacheco também se notabilizou pelo uso dos meios digitais. Não apenas ocupou espaço nas grandes redes, como em plataformas menos usadas por políticos, como podcasts. Ele segue na pegada: na noite de quinta (3), aproveitou a efeméride do dia da Instituição do direito de voto da mulher para celebrar seus próprios feitos em relação ao tema.
Escreveu Pacheco: “O Senado segue avançando na pauta feminina, com a importante participação da Bancada Feminina, da qual tenho o orgulho de ter sido um dos criadores, e com a aprovação de projetos de igualdade de gênero. A luta por mais representatividade feminina deve ser constante numa sociedade que querermos ver mais justa.”
A luta por mais representatividade feminina deve ser constante numa sociedade que querermos ver mais justa.
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) November 3, 2022
A manutenção de Pacheco na presidência do Senado parece ser ponto pacífico para o governo Lula, que pretende, com isso, garantir apoio no Senado – e também na Câmara Federal – dos parlamentares do PSD, sigla de Pacheco. Ganha também no que será ou não pautado por Pacheco no Senado, prerrogativa exclusiva do presidente.
Mas política é um negócio muito mais tinhoso, e o presidente e dono do PSD, Gilberto Kassab, notabilizou-se em 2022 por jogar duplo –ou triplo – pelo Brasil. Ganhou com Lula e ganhou com uma das vitórias mais expressivas do bolsonarismo, a eleição de Tarcísio Gomes de Freitas em São Paulo. Assim, não é possível imageinar que o PSD dará apoio incondicional ao governo Lula-Alckmin.