A vida não está fácil para o partido Conservador do Reino Unido. Após a renúncia de Boris Johnson, alvejado por escândalos sucessivos, a nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, assumiu o cargo em meio a uma inédita crise inflacionária que tem na elevação da conta de luz sua grande “estrela”.
O novo gabinete tentou dar conta da crise com um mini-orçamento repleto de estímulos fiscais, especialmente para as empresas, mas o tiro saiu pela culatra, com a libra descendo à sua menor cotação perante o dólar.
Nem mesmo as intermináveis exéquias à Rainha conseguiram acalmar o mercado financeiro, que seguiu reagindo muitíssimo mal a esse pacote de corte de impostos corporativos da ordem de R$ 100 bi. Nesta sexta (14), Truss teve de degolar seu velho aliado e ministro das finanças Kwasi Kwarteng, responsável pela proposta. Em seu lugar nomeou Jeremy Hunt, ex-ministro de Relações Exteriores e Saúde.