O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) vem jogando parado, como os analistas políticos costumam dizer, em sua discreta campanha a governador de São Paulo. Liderando as pesquisas de opinião talvez pelo forte recall das eleições presidenciais de 2018, ele tem sido bem menos ativo do que seus dois principais oponentes, Tarcisão (Rep) e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que herdou em abril o Bandeirantes do finado politicamente João Doria.
Mas desde que a coligação PT-PSB conseguiu convencer Marcio França (PSB) a tirar o time de campo e concorrer ao Senado — com o auxílio involuntário do boquirroto José Luiz Datena, que rerfugou pela enésima vez –, Haddad começou a se soltar nas redes sociais.
Só nesta sexta (22), ele deu uma de Ciro Gomes e comentou sobre a desindustrialização, agora com cores paulistas.
“Um dos maiores desafios de São Paulo não foi enfrentado: a ameaça permanente de desindustrialização, agravada no último governo. É um problema estrutural para o qual ainda não deram resposta. São Paulo puxou a indústria brasileira durante todo o séc. XX, desde o ciclo do café.”
Foi um fio com três posts ems sequência, no Twitter.
Um dos maiores desafios de São Paulo não foi enfrentado: a ameaça permanente de desindustrialização, agravada no último governo. É um problema estrutural para o qual ainda não deram resposta. São Paulo puxou a indústria brasileira durante todo o séc. XX, desde o ciclo do café.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) July 22, 2022
Rodrigo Garcia e Tarcisão estão se esmerando mais. O bolsonarista deixa-se filmar em locais icônicos de São Paulo, como as padarias, que ele, querendo se enturmar, chama de “padoca”, e Garcia insiste na conversinha de que não é de esquerda nem de direita, é uma espécie de resolvedor.
Talvez Gilberto Kassab cobre-lhe royalties.