Talvez o redator desta nota não tenha entendido o assunto direito, mas se isso ocorreu, o mesmo fenômeno se passou com o editor. Cerca de cem milionários, grande parte dos Estados Unidos, criou um grupo a que chamaram de Milionários Patriotas.
Diferentemente dos bilionários e dos milionários patriotas brasileiros, como, digamos, o Veio da Havan e Paulinho Guedes, eles não querem enviar (ainda mais) remessas de seus lucros e nacos de seu patrimônio para paraísos fiscais. Pelo contrário, pedem mais taxação.
Um dos rostos do grupo é a herdeira da família de Walt Disney, Abigail Disney, que aproveitou o Fórum Econômico Mundial, em Davos, para pedir que os países desenvolvidos taxem mais seus milionários e bilionários.
Abigail disse, conforme registrou o matutino britânico The Daily Mail: “Taxe-nos, e nos taxe agora. “Como milionários, sabemos que o sistema atual de taxação não é justo”.
O assunto vem ganhando tração diante da divulgação de um estudo da Oxfam que constatou aumento de US$ 1 tri na fortuna dos bilionários estadounidenses no pós-pandemia – enquanto isso, o salário da maior parte da população mundial, ó!
O paper, aliás, é usado por Abigail e seus camaradas no intuito de pedir mais taxação. O estudo chama a discrepância de meios de “violência econômica” e sugere que é possível, via taxação dos mais ricos, criar uma economia em que “ninguém viva na pobreza, nem numa inimaginável riqueza bilionária” e na qual a “iniquidade não mate mais”.