Uma peculiaridade de Brasília é que, embora a cidade seja relativamente pequena (o Plano Piloto, diga-se, porque as regiões administrativas, tratadas como áreas “mais pobres”, fizeram do estado o terceiro mais populoso do Brasil); há uma aura de capital cosmopolita, por conta da quantidade de representações diplomáticas fixadas ali.
Mas, embora muitos diplomatas estrangeiros demonstrem preocupação com o combate à pandemia no país – e a chegada da variante Ômicron -, as suas mulheres, embaixatrizes, jamais deixaram de cumprir sua função social: promover jantares e ações beneficentes.
Em dezembro, por exemplo, houve mais de um eventinho hype na Embaixada da Itália, com a presença de algumas autoridades e jornalistas. No Qatar, também. O mesmo ocorreu na Venezuela.
A portas fechadas, todos esses clubinhos se mantiveram funcionando. Por isso, a despeito da incompetência da administração, não se pode colocar a culpa de tudo o que ocorre aqui apenas no governo brasileiro.
Ou não tem covid em terra com imunidade diplomática?