Na filiação ao Podemos do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, marcada para quarta (10), em Brasília, dois temas serão lembrados para fortalecer a agenda anticorrupção que ele pretende abordar.
(Tem outra, aliás?)
Um dos assuntos é a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Semana passada, quando Moro desembarcou em Brasília para um gig mais do que flopada, acabou sabendo pela imprensa que Bolsonaro o acusou de negociar com ele vaga ao STF para aceitar troca na direção da PF, como queria o presidente.
É claro que o tema dominante deverá ser o surrado combate à corrupção e a glória (bons tempos!) da agenda lavajatista, implodida pelo afrouxamento de leis no Congresso e, muito mais, pelos escândalos processuais protagonizados por Moro e a Tchurminha de Curitiba – escândalos revelados pela Vaza Jato e que serviram de argamassa para o entendimento do STF de que, como juiz, Moro não agiu com a imparcialidade que se exige de um magistrado.
Nesta segunda (8), o ex-ministro voltou a movimentar seu Twitter, com nada menos do que três tuítes – um scout elevadíssimo para quem se limitava a usar a rede para divulgar seus próprios textos num site noticioso que o tem como fonte e articulista.
Atacou tediosamente a prisão em segunda instância e aludiu à morosidade da Justiça, lembrando que os culpados pela tragédia da boate Kiss seguem impunes.
Marcos da impunidade. O fim da prisão em segunda instância, há dois anos, libertou corruptos. Mas a ineficiência do sistema de justiça também deixa outras tragédias sem resposta, como o incêndio na Boate Kiss, há oito anos. Os responsáveis, até hoje, não foram julgados. pic.twitter.com/t2WRzZpIDU
— Sergio Moro (@SF_Moro) November 8, 2021