Novamente em desacordo com as ideias do governo, parte do ministério da Economia tem reclamado da decisão do presidente Jair Bolsonaro de criar o sempre aventado mais jamais lançado Auxílio Brasil, que agora daria R$ 400 por mês para os miseráveis elegíveis.
Secretários têm mostrado insatisfação e, internamente, se discute até a permanência do ministro Paulo Guedes. Caso o chefe pegue o boné, o que é bastante improvável, secretários da pasta o acompanhariam.
Os mais incomodados com o vale-tudo eleitoral que se transformou o Auxílio são os secretários do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e o de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal.
PODER Online conversou com assessores do ministro, que confirmaram o clima de insatisfação e a possibilidade de debandada em grupo.
Por suas previsões erradas, suas falas inconvenientes, sua impossibilidade de demonstrar empatia com a base social do país – no que, aliás, está em linha com o presidente –, Guedes foi se apequenando. A revelação que mantém uma offshore no Caribe e infringe, com isso, o Código de Conduta da Alta Administração Federal, só não foi a pá de cal em sua permanência no cargo porque, como ficou revelado sobejamente na CPI da Covid-19, para sair desse governo é preciso se esforçar bastante.