Num dia perfeitamente ordinário há cerca de um ano, comendo arroz, feijão, tomate e ovo em seu apartamento funcional, o senador Jorginho Mello (PL-SC) anunciou com alguma gravidade que trabalharia duro até levar o presidente Jair Bolsonaro para seu partido.
Desde então, o pré-candidato ao governo de Santa Catarina, onde o bolsonarismo é fortíssimo, tem se empenhado em trazer o assunto à tona nos encontros com o presidente. No desespero, escancarou: começou a mencionar abertamente esse convite.
Jorginho está jogando em seu próprio time. Garantido no Senado até 2027, ele vai tentar a sorte como governador mas quer mesmo virar ministro. Sempre quis.
Desde 2019, começou a gestar o que seria o Pronampe – programa que distribui créditos para micro e pequenos empresários do Brasil e que se tornou um dos raros trunfos do governo Bolsonaro. O presidente vem retribuindo a gentileza com afagos ao parlamentar. Um dos mais expressivos foi dar um “cavalo” ao senador na garupa da moto em que pilotou na motociata de Florianópolis, em agosto.