Estudo sustenta que voz mais grave, masculina, indica maior sucesso na liderança

Trabalho feito por pesquisadores da Northwestern University propõe que tom de voz grave induz viés cognitivo de conselheiros de administração; se tese fosse válida para a política, Eduardo Leite dominaria o país

Crédito: hippopx

Em 2013, um estudo com cerca de 800 CEOs feito pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, indicou que aqueles com tom de voz mais grave – ou mais masculina – eram mais propensos a ser mais bem sucedidos na carreira – e, consequentemente, melhor remunerados. Quase dez anos depois, avaliação análoga endossa a tese.

Em artigo publicado em 2 de setembro no Journal of Management Studies, Krishnan Nair, Wagas Haque e Steve Sauerwald , da Northwestern University, dos Estados Unidos, sustentam que ter uma voz mais intensamente masculina é “benéfica” aos homens em posições de liderança por “sinalizar” força física. “Propomos que a masculinidade vocal do CEO influencia positivamente do início da carreira do líder, por  [estimular] viés de percepção de qualidade”, escrevem os pesquisadores.

Quem é estimulado é membro de board, de conselhos administrativos, cuja função é avaliar, promover e eventualmente substituir o CEO.

Assim como na pesquisa de 2013, com líderes de empresas listadas na bolsa S&P 500, os CEOs pesquisados no estudo contemporâneo dirigem empresas que integram a bolsa de Londres. A notícia foi publicada no Brasil em matéria do site Capital Reset.

Se transferido para a política, o estudo traria más notícias para João Doria em sua pretensão presidencial. Como não há nenhum político no Brasil com voz mais grossa que a do governador gaúcho, Eduardo Leite, o paulista poderia dar adeus a suas pretensões presidenciais já em novembro, nas prévias do PSDB.