Quando se fala em reformas no Legislativo, vem à cabeça qualquer novidade sobre os textos das reformas administrativa, tributária ou, quem sabe, da política. Mas, na verdade, a agenda reformista que se constrói na Câmara não depende de voto e, sim, de cimento.
Acaba de ficar pronta uma sala multiuso para para as reuniões da Mesa Diretora e do colégio de líderes, perto da chapelaria. Ao custo de R$ 1,3 milhão, a reforma estava prevista pelo Plano de Preservação do Patrimônio Edificado da Casa, e precisou ser aprovada pelo patrimônio histórico da União.
No outro lado da Câmara, onde funcionava o comitê de imprensa, um canteiro de obras formou-se rumo ao que será a nova sala da presidência da Casa, usada por Arthur Lira (PP-AL) desde agosto, mesmo inacabada.
Lira tem estado no local para marcar território, já que precisou desalojar o comitê de imprensa para aproveitar o espaço privilegiado (única sala da Câmara que dá acesso direto ao plenário).
O custo previsto para a finalização do novo gabinete é de R$ 1,2 milhão (um aumento de R$ 200 mil na versão original, segundo arquitetos da Câmara).