
Em uma iniciativa promovida pela Agência Calia, com produção da Santeria e apoio da Instituição Nós por Elas, será lançada no dia 1º de maio a campanha “Trabalho Invisível”. Esta ação visa conscientizar a sociedade sobre a desigualdade persistente que afeta as mulheres no que diz respeito à divisão das tarefas domésticas.
Com foco na data que celebra o Dia do Trabalho, a campanha aborda a carga desproporcional de trabalho que recai sobre as mulheres, um fator que impacta diretamente suas oportunidades tanto profissionais quanto pessoais. O objetivo é fomentar um debate sobre essa realidade que continua a ser um obstáculo significativo na busca pela igualdade de gênero.
Conforme revelado pelo último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em nenhum lugar do mundo há uma divisão equitativa das responsabilidades de cuidado. Estima-se que as mulheres gastam, em média, três vezes mais tempo em tarefas domésticas do que os homens. Essa discrepância não apenas limita suas possibilidades de acesso a melhores salários e posições de liderança, mas também reduz o tempo disponível para educação e desenvolvimento profissional.
A campanha apresenta o conceito “O fim do expediente não é o fim do trabalho”, evidenciando o acúmulo de funções enfrentado por milhões de mulheres diariamente. Maurício Oliveira, um dos criativos por trás da ação, expressou sua satisfação com o resultado: “Conseguimos traduzir em segundos uma realidade que perdura há séculos. Estamos muito felizes com a qualidade criativa da campanha”.
A comunicação da campanha inclui três filmes de 30 segundos e várias peças gráficas que ressaltam a invisibilidade das tarefas domésticas e a necessidade urgente de uma distribuição mais justa dessas responsabilidades.
José Augusto, vice-presidente da Calia, ressaltou o papel crucial da comunicação na visibilização dessas desigualdades sociais. Ele afirmou: “A campanha ‘Trabalho Invisível’ surge da necessidade urgente de dar voz a uma realidade frequentemente negligenciada. Nosso intuito é provocar uma reflexão profunda sobre as desigualdades de gênero nas tarefas domésticas e demonstrar que a mudança deve começar no ambiente familiar”.
A criação é creditada aos profissionais Maurício Oliveira, Geisa Lopes e Alexandre Ferro, sob a direção de cena de Rafael Damy.