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Pedido do PSOL para derrubar muro na Cracolândia não avança no Supremo

Pedido do PSOL para derrubar muro na Cracolândia não avança no Supremo

Foto: Reprodução/X @g1

A barreira de concreto que isola parte da Cracolândia, no centro de São Paulo, vai continuar no local. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar a ação do PSOL, que pedia a retirada da estrutura construída pela prefeitura.

O motivo da ação

O PSOL apresentou a ação após receber denúncias de violações de direitos. Segundo o movimento Craco Resiste, o muro serviria para forçar usuários de drogas a permanecerem em um espaço restrito. Relatos também incluíam o uso de choques elétricos por agentes de segurança para manter a ordem dentro da área isolada.

A estrutura, com 40 metros de comprimento e 2,5 metros de altura, foi comparada por ativistas a um “campo de concentração”. A denúncia gerou forte repercussão nas redes sociais e mobilizou entidades ligadas a direitos humanos.

A resposta do STF

Apesar das alegações, Moraes afirmou que não há provas concretas que sustentem a denúncia. Ele considerou que a construção do muro não impediu o acesso da população vulnerável aos serviços públicos.

Além disso, o ministro concordou com os argumentos da prefeitura, que disse ter criado a barreira para aumentar a segurança na região. Para Moraes, a medida se enquadra como uma ação legítima de segurança pública.

“Mostram-se idôneas as justificativas apresentadas pela prefeitura de São Paulo”, escreveu o ministro.

O que diz a prefeitura

Em manifestação enviada ao STF, a prefeitura informou que o muro substituiu tapumes de metal, que eram constantemente quebrados e formavam pontas perigosas. O novo modelo, segundo o município, reduziu riscos para pedestres e servidores.

A gestão municipal também alegou que o terreno permanece acessível pela Rua dos Protestantes, e que o espaço ganhou novo piso e melhor estrutura para atendimento.

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