Bolsonaro estabiliza quadro de saúde em Brasília, diz boletim

Após 12 horas na sala de cirurgia, Bolsonaro entra em fase de recuperação lenta
Jair Bolsonaro durante internação. | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, sob observação constante. Apesar da recente piora clínica, os novos exames realizados nesta quinta-feira (24) mostraram que seu estado é considerado estável pela equipe médica.

Após apresentar elevação da pressão arterial e alterações no fígado, os médicos decidiram realizar tomografias de tórax e abdômen. Os resultados, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (25), indicaram uma evolução normal do pós-operatório, sem complicações.

Cirurgia recente e oscilações

Bolsonaro foi operado em 13 de abril para tratar uma suboclusão intestinal, uma obstrução parcial causada por aderências formadas em cirurgias anteriores. Essas intervenções foram consequências do atentado sofrido em 2018, durante a campanha eleitoral.

Desde então, seu quadro oscilou. Na quarta-feira (23), houve uma piora significativa, o que levou os médicos a reforçarem o monitoramento. As alterações nos exames chamaram atenção, especialmente os índices hepáticos alterados e o pico de pressão arterial.

Sem visitas e com vigilância

A recomendação atual da equipe médica é clara: sem visitas, exceto por familiares próximos. O ex-presidente segue sem previsão de alta. Apesar disso, figuras políticas e religiosas, como o pastor Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, visitaram Bolsonaro, contrariando o protocolo.

Médicos continuam acompanhando o quadro com exames frequentes e atenção total às possíveis complicações pós-cirúrgicas.

Intimação durante a internação

Outro episódio que marcou a semana foi a intimação judicial recebida por Bolsonaro enquanto estava no hospital. Um oficial de Justiça entregou a notificação por ordem do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito da ação do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga tentativa de golpe de Estado.

A medida ocorreu após Bolsonaro participar de uma live ao vivo de dentro da UTI, o que, segundo o STF, comprovou que ele poderia ser intimado.