
O presidente Lula (PT) decidiu demitir Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), após os desdobramentos de uma operação da Polícia Federal. A ação investiga fraudes em aposentadorias e pensões que, segundo estimativas, causaram prejuízo superior a R$ 6,3 bilhões. A decisão busca conter danos à imagem do governo, diante da gravidade das acusações.
A Secretaria de Comunicação Social confirmou que Lula solicitou a demissão de Stefanutto. A operação resultou também no afastamento de cinco servidores, supostamente envolvidos no esquema fraudulento.
Lupi deve formalizar saída
A responsabilidade pela formalização da demissão ficou com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT). A expectativa é que o governo publique uma nota oficial ainda nesta quarta-feira (23). O Planalto já considera a permanência de Stefanutto no cargo inviável.
Fontes próximas ao governo relataram que Lupi tentou adiar o anúncio para evitar constrangimentos a Stefanutto, que vive um momento delicado. Ainda assim, diante da pressão e da repercussão pública, a exoneração se tornou inevitável.
Trajetória e operação policial
Alessandro Stefanutto é servidor público desde 2000. Foi filiado ao PSB até recentemente e atualmente está no PDT, partido que o indicou ao cargo de presidente do INSS. Mesmo com o afastamento, sua trajetória continua sendo debatida nos bastidores.
A operação da Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), ocorreu em 13 estados e no Distrito Federal. O objetivo foi desarticular entidades que cobravam mensalidades indevidas de aposentados e pensionistas, muitas vezes sem qualquer autorização. As irregularidades ocorreram entre 2019 e 2024.