Donald Trump se reuniu nesta segunda-feira com os principais nomes do varejo norte-americano para discutir o impacto das novas tarifas de importação. Representantes de redes como Walmart, Target, Home Depot e Lowe’s estiveram presentes e levaram ao ex-presidente uma mensagem clara: as taxas podem agravar a inflação e tornar os produtos ainda mais caros para os consumidores.
O encontro ocorreu em meio a um cenário de pressão econômica, com os preços já elevados e uma base de consumidores mais cautelosa. A maioria das empresas presentes depende de produtos vindos do exterior, principalmente da China, que foi alvo de tarifas mais duras.
Aumento de preços preocupa o setor
Durante a reunião, os executivos apresentaram dados mostrando como as tarifas ameaçam as margens de lucro e, consequentemente, os preços nas prateleiras. Mais da metade das importações do Walmart e da Target vêm da China. Para Home Depot e Lowe’s, esse percentual também é significativo.
“Foi uma reunião produtiva”, disse o porta-voz do Walmart, sem dar detalhes. Ainda assim, fontes ouvidas pela imprensa americana indicam que os CEOs foram diretos ao afirmar que os custos adicionais inevitavelmente serão repassados ao consumidor.
Medo de retração no consumo
A preocupação vai além das cifras. Os empresários temem que, com o aumento dos preços, os consumidores optem por gastar menos. Isso poderia gerar uma queda no volume de vendas, ampliando o risco de demissões e fechamento de lojas.
Para empresas que já enfrentam um ano difícil no mercado financeiro, a situação pode piorar. Em 2025, enquanto o Walmart subiu menos de 2% em valor de mercado, a Target viu suas ações despencarem 32%.