O ex-presidente Jair Bolsonaro, de 70 anos, permanece internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, após uma cirurgia de 12 horas realizada no último domingo. O procedimento visou tratar uma suboclusão intestinal, consequência de aderências formadas por múltiplas cirurgias anteriores, decorrentes do atentado sofrido em 2018.
Um procedimento complexo
A equipe médica, liderada pelo cirurgião Cláudio Birolini, descreveu a operação como uma das mais desafiadoras enfrentadas por Bolsonaro. Durante o procedimento, foi necessário liberar as aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal, tarefas que demandaram precisão e cuidado extremos. O boletim médico mais recente indica que o ex-presidente está estável, sem dor ou complicações adicionais, mas ainda não há previsão de alta da UTI.
Recuperação gradual
Bolsonaro permanece em jejum oral, recebendo nutrição parenteral e submetendo-se a sessões de fisioterapia motora e respiratória. Em suas redes sociais, ele agradeceu pelas orações e destacou a importância da paciência durante o processo de recuperação. A equipe médica enfatiza que a recuperação será lenta e requer cuidados intensivos, dada a complexidade da cirurgia e o histórico de intervenções abdominais anteriores.
Histórico de complicações
Desde o atentado em 2018, Bolsonaro já passou por seis cirurgias relacionadas às lesões sofridas. As múltiplas intervenções resultaram em cicatrizes internas que, segundo especialistas, podem causar obstruções intestinais devido à formação de aderências. Essas complicações são comuns em pacientes que passaram por várias cirurgias abdominais, exigindo monitoramento constante e, em alguns casos, novas intervenções.