A Casa Branca divulgou um documento oficial que escancara o novo patamar da guerra comercial entre Estados Unidos e China. O texto revela que as tarifas impostas a produtos chineses atingem até 245%, um valor sem precedentes nas últimas décadas. O governo americano justifica a medida como resposta direta às ações retaliatórias de Pequim.
Embora o documento não detalhe novas taxas, ele confirma a manutenção das tarifas mais severas contra a China, mesmo após suspender medidas similares para outros países. O movimento surpreende ao ocorrer em um momento de reaproximação com outras nações da Ásia.
China vira exceção em alívio tarifário
Desde o chamado “Dia da Libertação”, o governo Trump suspendeu as tarifas mais altas temporariamente para diversos países. No entanto, a China ficou de fora desse alívio. Segundo o documento, o país asiático adotou uma postura de confronto, o que justificaria a continuidade das sanções.
Enquanto isso, vizinhos da China tentam negociar exceções. O Japão, por exemplo, busca um acordo para suavizar as tarifas sobre seus produtos, especialmente no setor automotivo, um dos mais atingidos.
Japão tenta abrir caminho no diálogo
Nesta quarta-feira (17), o presidente Donald Trump deve se reunir com representantes do governo japonês para discutir novas regras comerciais. Além dele, autoridades dos dois países vão debater projetos de energia e a delicada questão das taxas de câmbio.
O Japão conseguiu suspender por 90 dias uma tarifa de 24% sobre suas exportações. No entanto, outras taxas permanecem, incluindo uma de 25% sobre veículos e uma taxa universal de 10%.
Minerais estratégicos estão no centro do debate
O documento divulgado também ressalta uma nova investigação oficial sobre a dependência dos Estados Unidos de minerais processados importados. Esses materiais são fundamentais para setores como defesa, infraestrutura e tecnologia.
A administração Trump afirma que o país está “altamente dependente de nações adversárias” para suprimentos essenciais. Essa dependência, segundo o texto, compromete a resiliência econômica e militar dos EUA.
Corrida global por acordos
Mais de 75 países iniciaram conversas comerciais com os Estados Unidos após o endurecimento da política tarifária. Esse movimento busca evitar impactos mais profundos no comércio internacional e reduzir o risco de interrupções nas cadeias de suprimentos.