
Lucro recorde, expansão de clientes e investimentos estratégicos consolidaram o Banco de Brasília (BRB) como um dos nomes mais promissores do setor em 2024. Com um avanço de 40,9% no lucro líquido, o banco fechou o ano com R$ 282 milhões, mesmo em um cenário competitivo e de juros elevados.
Resultado operacional dispara e reflete decisões assertivas
Além do lucro líquido, o BRB também registrou um salto de 149,5% no resultado operacional, totalizando R$ 385 milhões. A melhora decorre de uma política ativa de gestão da carteira de crédito, que priorizou operações de menor risco e redução da inadimplência.
Essa estratégia incluiu a aquisição de R$ 4,6 bilhões em carteiras seguras e a cessão de R$ 5,9 bilhões em operações menos estratégicas. Com isso, o banco fortaleceu sua rentabilidade e melhorou a eficiência no uso de capital.
Base de clientes cresce e captação atinge novo patamar
O número de clientes do BRB subiu para 8,9 milhões, representando um crescimento de 17,4%. No mesmo ritmo, as captações chegaram a R$ 54,4 bilhões, uma alta de 23,8%. Instrumentos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) somaram R$ 10,2 bilhões.
Já os depósitos judiciais ultrapassaram R$ 17,7 bilhões. Esses números mostram a confiança dos investidores e o fortalecimento da relação com o setor público e privado.
Indicadores financeiros reforçam solidez do banco
A margem financeira do BRB chegou a R$ 3,1 bilhões, com crescimento de 15,1% em relação ao ano anterior. O índice de inadimplência ficou em 1,32%, abaixo da média nacional, que gira em torno de 3%. As carteiras imobiliária (0,56%) e rural (0,28%) também apresentaram desempenho saudável.
Outro ponto positivo foi o Índice de Basileia, que encerrou o ano em 12,94%, demonstrando equilíbrio entre capital próprio e risco. O banco conseguiu manter esse patamar mesmo com o avanço da carteira de crédito, graças a dois aumentos de capital que somaram R$ 1,04 bilhão.
Aquisição do Banco Master marca novo ciclo de expansão
Em março, o BRB anunciou a aquisição de 58% do capital total do Banco Master, incluindo 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais. A operação ainda aguarda aprovação do Banco Central e do Cade, mas sinaliza a ambição do BRB de ampliar sua presença nacional.
Essa movimentação demonstra uma estratégia clara de crescimento por meio de fusões e aquisições, além de reforçar o compromisso com a diversificação de portfólio.