
Nos bastidores da pandemia de COVID-19, um livro explodiu como uma granada em meio ao silêncio da grande mídia: *The Real Anthony Fauci: Bill Gates, Big Pharma, and the Global War on Democracy and Public Health*, do advogado ambientalista Robert F. Kennedy Jr., herdeiro do clã político mais emblemático dos Estados Unidos.
Lançado em 2021, o livro tornou-se um best-seller do New York Times mesmo enfrentando um boicote evidente por parte da imprensa tradicional, das grandes plataformas digitais e de livrarias nos EUA. Kennedy, conhecido por sua atuação crítica contra a indústria farmacêutica e por sua oposição à obrigatoriedade vacinal, mergulha profundamente em décadas de atuação do Dr. Anthony Fauci, figura central no combate à pandemia.
Na obra, Kennedy acusa Fauci de manter relações promíscuas com a indústria farmacêutica, priorizando lucros em detrimento da saúde pública. O livro documenta uma série de episódios em que, segundo o autor, o ex-diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas manipulou políticas públicas, suprimindo tratamentos alternativos contra a COVID-19 — como a hidroxicloroquina e a ivermectina — em nome de uma narrativa única e global pró-vacinas.
Outro nome que figura com destaque é Bill Gates, apontado como aliado de Fauci na construção de um império sanitário global. Kennedy argumenta que, juntos, Fauci e Gates criaram uma rede de influência bilionária que molda diretrizes da Organização Mundial da Saúde, das universidades e dos meios de comunicação, tudo sob a bandeira do “bem comum”.
A crítica vai além da pandemia recente. O autor também revisita a atuação de Fauci durante a crise da AIDS, acusando-o de sabotar pesquisas alternativas e fomentar um modelo centralizado de resposta sanitária que se repetiria anos depois com a COVID-19.
Apesar de ter vendido mais de um milhão de cópias, o livro foi taxado por muitos veículos como “perigoso”, “conspiratório” e “antivacina”. Autoridades de saúde pública refutaram veementemente as alegações. O próprio Fauci classificou Kennedy como “uma figura perturbada” e lamentou o sucesso de uma obra que, segundo ele, “espalha desinformação em um momento crítico”.
Ainda assim, The Real Anthony Fauci conquistou leitores ao redor do mundo, especialmente entre aqueles que desconfiam das versões oficiais e buscam respostas fora do consenso estabelecido.
A polêmica em torno do livro não se limita ao seu conteúdo, mas também à forma como foi recebido — ou ignorado — pela grande mídia. Para muitos, isso revela uma tentativa sistemática de silenciar vozes dissidentes em nome de uma suposta ciência infalível. Para outros, trata-se apenas de mais uma teoria da conspiração com embalagem sofisticada.
O que é inegável, no entanto, é que Robert Kennedy Jr. conseguiu trazer à tona um debate incômodo: até que ponto nossas liberdades individuais podem ser sacrificadas em nome da saúde pública? E quem define os limites desse sacrifício?
Seja visto como um alerta profético ou uma narrativa perigosa, The Real Anthony Fauci marca um capítulo decisivo na guerra entre verdade, poder e controle sanitário global.