Banco Central mantém alerta sobre tarifas dos EUA e impacto na inflação

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília || Créditos: Divulgação

O Banco Central avaliou que as incertezas globais estão influenciando diretamente a economia brasileira. Durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição destacou que as novas tarifas de importação dos Estados Unidos podem afetar as condições financeiras dos países emergentes.

Riscos globais aumentam a cautela

A ata da reunião, divulgada nesta terça-feira (25), revela que o Copom considera o cenário externo desafiador. A política econômica dos EUA, marcada por incertezas sobre tarifas e estímulos fiscais, pode afetar o fluxo de capital para mercados como o Brasil.

“Há dúvidas sobre a abrangência e a intensidade da elevação das tarifas norte-americanas, o que pode gerar impactos nos preços, inflação e expectativas dos países emergentes”, destacou o documento.

Ajustes graduais na política monetária

O Copom reafirmou seu compromisso com a convergência da inflação e indicou que o próximo movimento nos juros será de menor magnitude. Na última reunião, o Banco Central elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano, mantendo o aperto monetário para conter a inflação.

A decisão já era esperada desde dezembro de 2024, quando o último encontro do Copom sob o comando do ex-presidente Roberto Campos Neto havia indicado a necessidade de ajustes contínuos.

Impactos da política econômica dos EUA

As tarifas de importação, somadas às mudanças na oferta de trabalho e na matriz energética, geram preocupações sobre a estabilidade financeira global. Segundo o Banco Central, essas mudanças podem pressionar a inflação e limitar o crescimento das economias emergentes.

Além disso, o aumento das incertezas dificulta a tomada de decisão sobre o futuro dos juros brasileiros. O Copom reforçou que seguirá monitorando os impactos externos e ajustando sua política monetária conforme necessário.