
Na última quinta-feira (6), os 27 países membros da União Europeia (UE) aprovaram de maneira unânime o plano proposto pela Comissão Europeia para rearmar o continente. A medida visa fortalecer a segurança e garantir a defesa coletiva da região. O anúncio foi comemorado pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, que destacou a importância do apoio conjunto para a segurança da Europa.
Reforço do apoio à Ucrânia
Enquanto a UE avança no rearmamento, a Hungria foi o único país a se opor ao aumento do apoio militar à Ucrânia. Apesar do veto de Budapeste, os outros 26 países membros deram luz verde ao plano, o que demonstra a unidade da maior parte da União Europeia em relação ao fortalecimento do apoio a Kiev no conflito com a Rússia. Para António Costa, a recusa da Hungria não representa um obstáculo significativo para a implementação das medidas.
Em resposta à crescente ameaça russa, alguns Estados-membros já se comprometeram a aumentar as verbas para o apoio militar à Ucrânia, demonstrando solidariedade com o país devastado pela guerra. A aprovação do plano é vista como um passo importante no enfrentamento das ações agressivas da Rússia e na busca pela estabilidade regional.
Aumento dos ataques russos à Ucrânia
Enquanto a Europa se prepara para se rearmar, a Ucrânia enfrenta uma intensificação dos ataques russos, que, na noite dessa quinta-feira, bombardeou massivamente infraestruturas energéticas e de gás em várias regiões do país. O ministro da Energia da Ucrânia, Guerman Galushchenko, confirmou os danos causados pelos ataques, destacando que as equipes de resgate e engenheiros estão trabalhando sem descanso para estabilizar o fornecimento de energia e gás.
A Rússia tem como objetivo atingir as infraestruturas essenciais da Ucrânia, prejudicando a vida cotidiana dos cidadãos ucranianos e forçando o país a enfrentar ainda mais desafios durante o inverno. O ataque causou danos significativos, incluindo a destruição de instalações de produção de gás natural da Naftogaz, sem deixar vítimas fatais, mas com grandes consequências para o abastecimento energético.
Novos bombardeios em várias regiões
Os ataques russos se intensificaram em várias partes da Ucrânia, com alertas aéreos emitidos em todo o país. Na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, incluindo uma mulher retirada com vida dos escombros após o impacto de um bombardeio russo. Em Ternopil, no oeste do país, mísseis atingiram uma instalação industrial, mas, felizmente, sem vítimas fatais. Em Odessa, a situação também foi crítica, com três edifícios residenciais atingidos, mas sem feridos. As forças de defesa aérea da Ucrânia conseguiram derrubar 34 mísseis e 100 drones russos durante o ataque.
Além disso, o governo da região de Chernihiv, no norte, e de Ivano-Frankivsk, no oeste, também relataram danos em infraestruturas críticas, mas sem vítimas. No entanto, a situação continua grave, com a população ucraniana enfrentando a escassez de recursos essenciais e a destruição de suas infraestruturas.