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Defesa de Braga Netto contesta imparcialidade de Moraes
Os advogados do general Walter Braga Netto entraram com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Alexandre de Moraes seja considerado suspeito no julgamento da denúncia sobre tentativa de golpe de Estado. A defesa quer que o Supremo escolha um novo relator para o caso.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, analisará o pedido e decidirá se Moraes pode continuar à frente do julgamento. Braga Netto está preso desde dezembro, acusado de envolvimento no plano golpista, segundo investigações da Polícia Federal (PF).
Acusação aponta financiamento do plano golpista
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Braga Netto teve papel central na trama e ajudou a financiar o plano conhecido como Punhal Verde Amarelo. A operação previa o monitoramento e possível execução de autoridades, incluindo Moraes.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, declarou que Braga Netto entregou dinheiro para a ação dos kids pretos, grupo responsável por executar o plano. Cid afirmou que recebeu o valor em uma sacola de vinho.
Outro pedido tenta afastar Flávio Dino do julgamento
A defesa do general Mário Fernandes também entrou com um pedido no STF. Os advogados querem que o ministro Flávio Dino seja impedido de julgar o caso, alegando falta de imparcialidade.
O argumento da defesa se baseia no fato de que Dino era ministro da Justiça no dia 8 de janeiro, quando ocorreram os ataques golpistas. Segundo os advogados, ele teria formado um juízo de valor sobre os fatos antes do julgamento.
Braga Netto, Bolsonaro e mais 32 pessoas foram denunciados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A PGR aponta Bolsonaro como líder do grupo.