O ex-presidente Jair Bolsonaro irá se reunir nesta quarta-feira (19) com deputados de oposição para discutir estratégias políticas diante da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O encontro, organizado pelo deputado coronel Zucco (PL), deve abordar principalmente a possibilidade de anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, além de formas de enfraquecer as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
A busca por anistia
Deputados aliados do ex-presidente consideram que as penas aplicadas pelo STF foram excessivas e planejam pressionar o Congresso para avançar com um projeto de anistia. Zucco argumentou que algumas sentenças são desproporcionais, citando casos de manifestantes que receberam punições severas.
“Uma pessoa que passou um batom numa vidraça não pode ter pena maior que um assassino”, afirmou o parlamentar.
A proposta de anistia ainda precisa ganhar apoio político suficiente para ser viabilizada na Câmara. Apesar disso, Bolsonaro e seus aliados apostam que a insatisfação de parte do Congresso com o STF pode ajudar a impulsionar o projeto.
Bolsonaro tenta reação política
Diante do cenário desfavorável, Bolsonaro adotou uma estratégia ofensiva para tentar se fortalecer politicamente e evitar um isolamento ainda maior. O ex-presidente reafirmou que não está preocupado com a denúncia da PGR e tenta mobilizar sua base para enfrentar os desdobramentos judiciais.
“Zero preocupação”, disse Bolsonaro a aliados próximos, minimizando o impacto das acusações.
A oposição vê a reunião como uma oportunidade para reforçar a narrativa de que o governo Lula enfrenta dificuldades e não conseguiu pacificar o país. Parlamentares bolsonaristas pretendem explorar essa insatisfação para fortalecer a base de apoio do ex-presidente.