Trump sugere retorno da Rússia ao G7, mas Kremlin recusa

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Imagem: Reprodução / X @bizmacvn

Em uma declaração que reacendeu tensões diplomáticas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta quinta-feira que a Rússia deveria ser reintegrada ao G7, um grupo de economias industriais. Trump declarou: “Eu adoraria tê-los de volta. Acho que foi um erro expulsá-los.” No entanto, a reação do Kremlin foi rápida e direta, rejeitando veementemente a proposta.

Kremlin defende G20 como alternativa

Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o G7 já não reflete as economias de maior crescimento global. Segundo ele, “os centros de crescimento foram transferidos para outras regiões do globo.” Peskov explicou que o G7 reúne países que não estão mais entre os líderes em termos de crescimento econômico, o que enfraquece a sua relevância.

Ao invés disso, o Kremlin demonstrou uma forte preferência pelo G20, um fórum mais inclusivo e representativo das economias emergentes. “O G20 reflete melhor a ‘locomotiva’ econômica do mundo”, disse Peskov, referindo-se ao papel crescente de países fora do Ocidente, como China e Índia.

O fim do G8 e a exclusão da Rússia

A Rússia era membro do G8 até 2014, quando foi excluída após a anexação da Crimeia. A decisão foi uma resposta às ações da Rússia na Ucrânia, mas, segundo o Kremlin, a exclusão e a posterior transformação do grupo em G7 já não têm o mesmo impacto econômico. O G7 perdeu muita relevância no cenário internacional.

A posição de Trump sobre a Rússia

Trump, em sua declaração, não escondeu sua admiração pela Rússia, apesar das tensões diplomáticas que marcam as relações com o país. “Não é uma questão de gostar ou não gostar da Rússia”, disse o presidente, tentando diminuir as implicações políticas da sua sugestão. Para Trump, o retorno da Rússia ao G7 seria uma forma de restaurar o grupo à sua antiga unidade e influência global.