![Inflação começa o ano com a menor alta para janeiro desde 1994](https://revistapoder.uol.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Inflacao-comeca-o-ano-com-a-menor-alta-para-janeiro-desde-1994.jpg)
Ministério da Fazenda aponta boas perspectivas para carne, leite e grãos
Os preços dos alimentos podem cair em 2025, trazendo um cenário mais favorável para o bolso dos consumidores. O Ministério da Fazenda divulgou nesta quinta-feira (13) um relatório que prevê uma desaceleração da inflação no setor alimentício, impulsionada pelo avanço da produção agrícola e um cenário climático mais estável.
Queda no preço das carnes e alimentos básicos
A equipe econômica do governo avalia que os preços da carne tendem a se estabilizar até o final do ano. O abate do gado deve aumentar, reduzindo a pressão sobre os valores cobrados nos supermercados. Além disso, a expansão das exportações pode contribuir para um melhor equilíbrio entre oferta e demanda.
Os preços de produtos básicos como arroz, feijão, leite e soja também devem apresentar recuo. A expectativa positiva se deve às boas condições climáticas e ao crescimento da produção agrícola, fatores que garantem maior oferta desses itens no mercado.
Trigo pode subir, contrariando tendência geral
Apesar da projeção otimista para a maioria dos produtos, o governo alertou que o trigo e seus derivados podem ter um comportamento diferente. A colheita reduzida em 2024 pode impactar os preços do pão, massas e biscoitos no próximo ano.
O Brasil ainda depende de importação para suprir a demanda interna de trigo, e fatores como a oscilação do câmbio e o cenário internacional podem manter os preços em patamares elevados.
Inflação dos alimentos tem alta, mas deve mudar de rumo
O setor de Alimentos e Bebidas registrou alta de 0,96% em janeiro, segundo o IBGE. Foi o quinto aumento consecutivo, reforçando a preocupação com a inflação. No entanto, especialistas acreditam que a trajetória de alta pode perder força a partir do segundo semestre.
A última vez que os preços do setor registraram queda foi em agosto de 2024, quando houve um recuo de 0,44%. Desde então, o aumento no custo dos insumos e os desafios logísticos elevaram os valores dos produtos nas prateleiras.