![Dólar rompe barreira dos R$ 6 enquanto Ibovespa sente pressão negativa](https://revistapoder.uol.com.br/wp-content/uploads/2024/11/Dolar-rompe-barreira-dos-R-6-enquanto-Ibovespa-sente-pressao-negativa.jpg)
O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (12) com forte volatilidade, alternando entre altas e baixas, após a divulgação dos novos dados de inflação nos Estados Unidos. O aumento dos preços no país veio acima do esperado, reforçando especulações sobre os rumos da política monetária americana e seu impacto no mercado global.
Inflação acima da expectativa
De acordo com o Departamento do Comércio dos EUA, a inflação americana cresceu 0,5% em janeiro, acumulando alta de 3,0% em 12 meses. As projeções apontavam para 0,3% e 2,9%, respectivamente. Esse resultado distancia ainda mais a inflação da meta de 2% estipulada pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
Com a pressão inflacionária persistente, analistas acreditam que o Fed poderá manter ou até aumentar os juros nos próximos meses. Taxas mais altas tendem a fortalecer o dólar, tornando os títulos americanos mais atraentes para investidores e provocando impactos nas moedas globais.
Impacto no Brasil
No Brasil, a volatilidade do dólar impacta diretamente diversos setores da economia, como importação, exportação e inflação interna. A moeda americana registrou oscilação ao longo do dia, chegando a R$ 5,7877 na máxima e R$ 5,7511 na mínima. Às 13h, estava estável em R$ 5,7672.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuava 1,72%, refletindo a incerteza nos mercados internacionais. Na véspera, o índice havia registrado alta de 0,76%.
Tarifas e política econômica
Outro fator que influencia o cenário é a política de tarifas comerciais nos EUA. O presidente Donald Trump anunciou recentemente uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio, medida que pode encarecer insumos dentro dos Estados Unidos e pressionar ainda mais os preços internos.
Essas decisões impactam não apenas os EUA, mas também empresas exportadoras ao redor do mundo, incluindo o Brasil, que tem forte participação no mercado de commodities.
Perspectivas para o mercado
A incerteza sobre a inflação e os juros nos EUA deve manter a volatilidade no câmbio e nos mercados financeiros nas próximas semanas. O Federal Reserve indicou que continuará acompanhando os dados econômicos antes de tomar decisões sobre a política monetária.
Enquanto isso, no Brasil, os investidores seguem atentos aos indicadores internos, como a evolução da Selic, que pode influenciar o câmbio e o desempenho do mercado de ações.