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Por Agenor Duque
Após anos de investimentos bilionários no metaverso, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, decidiu mudar o rumo da empresa. O projeto, que prometia revolucionar a forma como vivemos e trabalhamos, enfrentou desinteresse do público e prejuízos financeiros significativos. Agora, o executivo está direcionando seus esforços para a inteligência artificial (IA), uma área que ele acredita ser a nova “galinha dos ovos de ouro” da empresa.
De acordo com informações da Reuters, a Meta planeja investir US$ 65 bilhões em 2025 para fortalecer sua infraestrutura de IA. O plano inclui a construção de data centers de grande escala, com capacidade total superior a 2 gigawatts — energia suficiente para abastecer diversos bairros de Manhattan. Além disso, a empresa pretende adquirir 1,3 milhão de processadores gráficos até o final do ano, com previsão de expandir sua capacidade computacional em mais 1 gigawatt até 2026.
A corrida pela liderança em IA não se limita à Meta. Grandes players do mercado também estão investindo pesado. A Microsoft planeja destinar mais de US$ 80 bilhões para o setor, enquanto a Amazon ultrapassa a marca de US$ 70 bilhões em investimentos. A OpenAI, em parceria com a SoftBank e a Oracle, lançou o projeto Stargate, uma iniciativa avaliada em mais de US$ 500 bilhões. Diante desse cenário competitivo, a Meta viu a necessidade de acelerar seus esforços para não ficar para trás.
Mas a ambição da Meta vai além da infraestrutura. A empresa busca integrar a IA no cotidiano das pessoas. Um dos primeiros passos foi a introdução de um chatbot de IA no Facebook e no Instagram, plataformas que já contam com bilhões de usuários. Além disso, a empresa está promovendo seus óculos inteligentes Ray-Ban, equipados com tecnologia de IA capaz de responder perguntas em tempo real. Outra estratégia é o desenvolvimento de modelos de código aberto, como o Llama, que visa atrair empresas e desenvolvedores para sua plataforma.
O objetivo da Meta é ambicioso: alcançar 1 bilhão de usuários de seu assistente de IA até 2025. Em 2023, a empresa já registrava cerca de 600 milhões de usuários ativos mensais, segundo dados do JeuxVideo. Esse crescimento exponencial pode consolidar a Meta como líder no mercado de IA voltada para o consumidor.
Os investidores parecem confiantes na nova estratégia. Desde o anúncio dos investimentos bilionários, as ações da Meta subiram 1%, refletindo a confiança do mercado na mudança de rumo da empresa. Após o fracasso do metaverso, a inteligência artificial surge como a grande aposta de Zuckerberg para manter a Meta na vanguarda da tecnologia.
Com informações adicionais de Reuters, JeuxVideo e análises de mercado.