![BC anuncia leilão de US$ 3 bilhões para frear alta do dólar](https://revistapoder.uol.com.br/wp-content/uploads/2024/12/BC-anuncia-leilao-de-US-3-bilhoes-para-frear-alta-do-dolar.jpg)
O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (5), encerrando um período de desvalorização que durava desde 17 de janeiro. A moeda americana avançou 0,37%, fechando o dia a R$ 5,7935. O movimento chamou a atenção dos investidores, que agora avaliam o impacto de novos dados econômicos dos Estados Unidos e possíveis desdobramentos no mercado global.
Dados do emprego nos EUA influenciam mercado
Um dos fatores que contribuíram para a alta do dólar foi a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. O número de solicitações subiu em 11 mil, alcançando 219 mil na última semana. Esse aumento sugere uma leve desaceleração no mercado de trabalho americano, o que pode influenciar a política monetária do país.
Os investidores agora aguardam o relatório de emprego de janeiro, que será divulgado na sexta-feira (7). O resultado pode trazer novos indícios sobre a saúde da economia americana e o futuro das taxas de juros. Caso os dados sejam fortes, o Federal Reserve pode adotar uma postura mais rígida, o que aumentaria a atratividade do dólar.
Contexto internacional impacta o câmbio
Além dos indicadores americanos, o mercado cambial também reagiu ao cenário internacional. O conflito comercial entre EUA e China segue no radar, com novas tarifas sendo impostas por ambos os países. A incerteza sobre um acordo definitivo tem impulsionado a busca por ativos mais seguros, como o dólar.
Apesar disso, a moeda americana perdeu força em relação a algumas moedas emergentes, como o peso colombiano e o peso chileno. A alta do petróleo e a expectativa de que as políticas tarifárias dos EUA sejam apenas estratégias de negociação ajudaram a manter o equilíbrio nos mercados.
Movimentação do dólar no Brasil
No Brasil, o dólar atingiu a máxima do dia de R$ 5,8239, mas depois reduziu os ganhos. O movimento reflete um ajuste de preços, já que a moeda vinha acumulando 12 dias consecutivos de queda. Alguns analistas apontam que a recente valorização do real pode ter sido exagerada, especialmente diante das incertezas fiscais no país.
Apesar da alta registrada, o dólar ainda acumula uma desvalorização de 6% em 2025, o que indica que a moeda segue em um processo de acomodação.