A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) manifestou sua oposição a qualquer tentativa de transferir o povo palestino para fora de seu território. A declaração veio após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressar o desejo de “tomar posse” da Faixa de Gaza durante uma recente reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Washington.
O secretário-geral da OLP, Hussein Sheikh, enfatizou a determinação do povo palestino em permanecer em sua terra natal. Em uma mensagem publicada nas redes sociais, ele afirmou: “A liderança palestina rejeita todos os apelos para transferir o povo para fora da terra natal. Aqui nascemos, aqui vivemos e aqui ficaremos”.
O Hamas também reagiu às declarações de Trump, considerando-as racistas. O porta-voz do movimento que controla Gaza, Abdel Latif al-Qanou, criticou a postura americana como alinhada com a extrema-direita israelense. Ele argumentou que essa posição visa deslocar os palestinos e eliminar sua causa.
Em suas declarações, Trump sugeriu que os habitantes da Gaza, que enfrentam uma grave crise humanitária após meses de conflito, poderiam se mudar para países vizinhos como Jordânia ou Egito. No entanto, essa proposta encontrou resistência tanto por parte desses países quanto entre os próprios palestinos.
O cenário atual em Gaza é resultado de um intenso confronto que teve início em 7 de outubro de 2023. Este ataque do Hamas contra Israel resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e na captura de 250 reféns. A subsequente resposta militar israelense causou um número devastador de mortes, com estimativas do Hamas indicando cerca de 47 mil vítimas até o momento.
As recentes declarações do presidente americano e a resposta veemente da liderança palestina colocam em evidência a complexidade e a tensão persistente na região, destacando as dificuldades enfrentadas pelo povo palestino em meio a um conflito prolongado e doloroso.