O mercado já sente o impacto da cultura do copo de uísque e água de coco: um estudo da Euromonitor International mostra o Brasil em terceiro lugar no ranking de países onde o consumo de uísque mais cresceu entre 2021 e 2023. Nos bailes funk, os gelos de coco (e de outros sabores) já são um hábito há anos – e essa tendência não só está conquistando outros copos e taças, como também outros solos. Marcelo Cesana e Rogério de Oliveira começaram a comercializar os gelos da Coco Leve nos Estados Unidos e esperam obter lá o mesmo sucesso alcançado com a Frooty Açaí, empresa da qual também são sócios.
Se hoje o açaí representa 55,4% do mercado de sorvetes e gelados comestíveis no Brasil, segundo um estudo do Food Connection, muito disso se deve ao fato de a Frooty, que era uma marca de sorvetes, ter escolhido o fruto amazônico como carro-chefe ainda em 1999. Atualmente, a empresa está presente em 15 países, com 30% de sua receita proveniente de exportação, e até já adquiriu uma marca de açaí nos Estados Unidos.
“Se conseguimos fazer isso com um fruto da Amazônia, não temos dúvidas de que será possível com a Coco Leve. A categoria de gelo é bem maior que a de açaí, e é questão de tempo para todos os países terem gelos saborizados em suas bebidas”, afirma Marcelo Cesana, cofundador das duas marcas.
A Coco Leve acaba de chegar a algumas cidades da Flórida, como Orlando, Miami, Fort Lauderdale e Boca Raton, e também a cidades de Massachusetts, como Boston, além de Nova Jersey e arredores. Os sabores inicialmente exportados foram o clássico de coco, maracujá, melancia, morango, maçã verde, limão e laranja. “A parte mais divertida de levar uma nova categoria a um novo público e cultura é o aprendizado sobre o consumidor. No Brasil, os três mais vendidos são coco, maracujá e morango. Nos EUA, são coco, melancia e laranja”, comenta Rogério, sócio da pioneira em gelos saborizados.
A logística de exportação começa com isopores com gelo seco em fretes aéreos e, depois que ganha escala, utiliza navios com contêineres frigoríficos. Quinze embarques aéreos já foram realizados, e dois contêineres com 100 mil gelos cada devem chegar em janeiro na América do Norte. Para o consumidor final nos EUA, cada unidade custa entre US$ 3,00 e US$ 3,99. No Brasil, o preço é de cerca de R$ 3,99 no Zé Delivery. A Coco Leve espera que, até o fim de 2026, as exportações representem 10% das vendas.
“A beleza de empreender em um país continental e plural como o Brasil está em investir em suas potências. Investimos em um fruto amazônico, o açaí, e agora queremos que uma cultura dos bailes funk, algo tão nosso, ganhe o mundo: o copão com gelo Coco Leve”, conclui Marcelo Cesana.
Sobre a Coco Leve
A Coco Leve surgiu em 2018, dentro da casa de seu fundador, Pedro Henrique Lima Silva, após ele presenciar um barman abrindo com uma faca uma caixinha Tetra Pak de água de coco congelada para colocar em um drinque. A empresa, então, desenvolveu gelos “inimigos do fim”, que duram 3x mais do que os tradicionais e potencializam sabores. Hoje, a empresa conta com mais de 200 funcionários, distribuídos entre uma fábrica em Atibaia (SP) e um escritório no bairro da Vila Madalena, na capital paulista.