O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está concentrado em garantir alianças estratégicas para sua campanha à reeleição em 2026. Para isso, tem trabalhado com o apoio de líderes do Congresso, como Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), que são os favoritos para as sucessões no Senado e na Câmara.
Embora reconheça a dificuldade de obter um apoio formal de partidos de centro-direita, como o União Brasil e o Republicanos, o governo está empenhado em manter a neutralidade dessas siglas, caso não lancem um candidato presidencial próprio. A estratégia busca, ainda, o apoio de lideranças individuais dessas legendas.
O Palácio do Planalto avalia que a neutralidade de partidos como o Republicanos e o União Brasil seria essencial para evitar a concentração de apoio à oposição. O Republicanos, por exemplo, mostrou fidelidade em pautas governistas ao longo do último ano, enquanto o União Brasil tem dividido sua base em votações importantes.
O governo também considera uma eventual reforma ministerial como ferramenta para ampliar o espaço do Republicanos no governo, fortalecendo laços políticos. Já o União Brasil enfrenta um dilema, uma vez que o governador Ronaldo Caiado (Goiás) tem demonstrado interesse em disputar a Presidência da República.
Davi Alcolumbre e Hugo Motta são apontados como prioridades nas negociações políticas do presidente. Ambos possuem influência significativa no Congresso, e seu apoio pode garantir estabilidade para o governo em um cenário eleitoral competitivo.
Em paralelo, Lula busca atrair o MDB e o PSD, partidos que se mantiveram neutros no segundo turno das eleições de 2022. Desta vez, o presidente trabalha para obter uma declaração formal de apoio dessas siglas, consolidando sua base de sustentação.
Movimentações da oposição
Enquanto o governo intensifica suas articulações, a oposição, liderada pelo PL, tenta unificar a direita em torno de uma candidatura única. O partido, que conta com o ex-presidente Jair Bolsonaro, busca atrair o apoio de legendas como o PP e o Novo.
Essa estratégia é vista como uma forma de evitar a pulverização de votos no campo oposicionista, fortalecendo as chances de um confronto direto com Lula nas urnas.