Governo Trump inicia deportação em massa; número de imigrantes removidos já passa de 500

Governo Trump inicia deportação em massa; número de imigrantes removidos já passa de 500
Imagem: Reprodução / X @metropoles

O governo dos Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, deu início a uma série de operações de deportação em massa, o que representa a primeira grande ofensiva do novo governo contra imigrantes ilegais. Centenas de pessoas foram removidas do país desde o início das operações na segunda-feira, 20 de janeiro. A mais recente ação, realizada na noite de quinta-feira (23), prendeu 538 imigrantes ilegais em diferentes estados. O anúncio foi feito por Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, que afirmou que as prisões são parte de um esforço para cumprir as promessas de Trump de intensificar o combate à imigração ilegal.

O cerco aos imigrantes ilegais é um dos pilares centrais da administração de Trump. Embora a Casa Branca tenha enfatizado que os presos são “criminosos ilegais”, os detalhes sobre as deportações, como as nacionalidades dos imigrantes ou os destinos dos voos, não foram fornecidos. De acordo com a Fox News, um dos aviões que transportou os deportados teve como destino a Guatemala.

O impacto das deportações no Brasil e além

O impacto dessas deportações também afetou diretamente brasileiros. De acordo com o Itamaraty, 88 brasileiros estão entre os 158 deportados para o Brasil. A Polícia Federal do Brasil confirmou que um voo vindo dos Estados Unidos com deportados chegará à cidade de Belo Horizonte ainda nesta noite. Essa ação faz parte de um esforço mais amplo para devolver imigrantes irregulares ao seus países de origem.

Embora o governo dos Estados Unidos tenha afirmado que os deportados já possuíam condenações criminais nos EUA, a falta de informações sobre o processo legal gerou muitas dúvidas. Em alguns casos, os imigrantes podem recorrer da decisão nas cortes de imigração dos EUA, tornando o processo mais demorado.

Operações intensificadas e mudanças nas leis

Entre as medidas mais drásticas adotadas por Trump, está a expansão da deportação acelerada, que permite a deportação imediata de imigrantes sem uma audiência judicial. Esse poder ampliado está sendo usado para deportar rapidamente aqueles que não conseguem provar que residem nos EUA há mais de dois anos. Isso representa uma mudança significativa em relação às políticas anteriores de Joe Biden, que impunham restrições a esse tipo de deportação.

Trump também tem expandido os poderes dos agentes de imigração para permitir a prisão de imigrantes em hospitais, igrejas e escolas, locais que antes eram considerados santuários para aqueles que temiam a prisão. A medida tem gerado controvérsia, com muitas organizações de defesa dos direitos humanos acusando o governo de violar os direitos fundamentais dos imigrantes.

Críticas e apoio político

Apesar das críticas de entidades internacionais e locais, Trump tem defendido suas ações como necessárias para a segurança nacional. Em várias entrevistas, o presidente afirmou que está cumprindo uma de suas principais promessas de campanha: expulsar imigrantes ilegais e criminosos do país. “A maior operação de deportação da história está em andamento”, declarou Trump em um pronunciamento recente.

Em oposição, alguns governadores e prefeitos de cidades que são consideradas “santuários”, como Nova Jersey, denunciaram abusos por parte das autoridades de imigração. O prefeito de Newark, Ras Baraka, criticou a detenção de um veterano de guerra durante as operações, alegando que as prisões violam os direitos civis dos cidadãos.