O embaixador André Aranha Corrêa do Lago foi designado presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém (PA). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (21), após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que definiu também a nomeação de Ana Toni como diretora executiva do evento.
Corrêa do Lago, atualmente secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, assume a responsabilidade de liderar as negociações em busca de um novo acordo global sobre mudanças climáticas. O embaixador destacou o papel essencial do Brasil no evento e afirmou que a participação das populações da Amazônia será um pilar central das discussões:
“A COP30 terá um impacto profundo para o Brasil, assim como a RIO-92 influenciou a percepção nacional sobre meio ambiente e biodiversidade. Será essencial envolver a sociedade civil nesse processo”, disse.
Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), possui ampla experiência em políticas públicas voltadas à justiça social e à sustentabilidade. Ambos participaram ativamente da delegação brasileira na COP29, realizada no Azerbaijão em 2024.
Desafios globais e a liderança brasileira
Mesmo com a presidência formal da COP30 sob o comando do Azerbaijão até a abertura oficial, o Brasil já inicia sua atuação como país anfitrião, articulando diálogos com nações e organizações envolvidas. Entre os desafios está a decisão recente dos Estados Unidos de se retirar do Acordo de Paris.
“Os Estados Unidos continuam sendo um ator essencial no combate às mudanças climáticas, mesmo fora do Acordo de Paris, dada sua liderança econômica e tecnológica”, afirmou Corrêa do Lago, ressaltando que o impacto dessa decisão será significativo.
Com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, liderando a agenda estratégica do governo, a Casa Civil cuidará da infraestrutura do evento. A expectativa é de que a COP30 seja um marco na mobilização global em prol de soluções sustentáveis e no fortalecimento da posição do Brasil como protagonista das discussões climáticas.
Fonte: Agencia Brasil