O ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitou uma recente live no portal Auriverde para refletir sobre o que considera ser semelhanças marcantes entre sua trajetória e a do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para Bolsonaro, as coincidências entre as duas figuras políticas vão além de simples coincidências, envolvendo momentos importantes e desafios que os dois enfrentaram.
Coincidências pessoais são logo destacadas por Bolsonaro. Ele começou comparando o fato de ambos terem sido figuras de destaque na política, além de enfrentarem situações críticas. “Logicamente, ele é um milionário e eu só passei a ter um milhão na minha conta depois daquela campanha do Pix”, afirmou o ex-presidente brasileiro, refletindo sobre suas condições financeiras antes e depois do período eleitoral.
Outro ponto de conexão entre Bolsonaro e Trump está no que ele chama de “ataques pessoais”. “Eu levei uma facada aqui no Brasil, Trump levou um tiro lá nos Estados Unidos”, disse o ex-presidente, lembrando das agressões que ambos sofreram durante suas campanhas eleitorais. Em ambos os casos, os ataques ocorreram em momentos críticos e tiveram repercussão mundial, marcando a trajetória política de cada um.
Para o ex-presidente, os acontecimentos de janeiro também servem como ponto de ligação entre as duas figuras. “Lá, eles tiveram o 6 de Janeiro e aqui nós tivemos o 8 de Janeiro, muito semelhante”, comparou, fazendo alusão aos tumultos em Washington e à invasão do Capitólio, e ao ataque à sede do Congresso Nacional no Brasil. Esses momentos históricos, ainda que com contextos distintos, são vistos por Bolsonaro como símbolos das crises políticas enfrentadas por ambos.
A anistia também foi abordada como uma questão que aproxima os dois líderes. “Hoje, o Trump deve assinar a anistia do pessoal de 6 de Janeiro. Lá teve morte, aqui não teve. Então essas questões todas nos unem”, afirmou Bolsonaro, sugerindo que, apesar das diferenças nos eventos, há uma conexão em relação à forma como ambos lidam com as consequências políticas de tais ações.
Ausência de Bolsonaro na posse de Trump foi outro tema da live. O ex-presidente brasileiro tinha a intenção de comparecer à cerimônia de posse de Trump, mas suas circunstâncias atuais impediram sua viagem. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, havia negado recentemente o pedido de devolução do passaporte de Bolsonaro, o que complicou ainda mais sua possibilidade de comparecer ao evento.
Representantes de Bolsonaro na cerimônia foram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o filho, Eduardo Bolsonaro, que estiveram presentes para marcar a participação do ex-presidente brasileiro na posse oficial de Trump.