Com PIB em alta, carga tributária cai para 32,1% no governo Lula

Com a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, a carga tributária brasileira atingiu 32,1%, o menor nível dos últimos três anos. Esse índice, divulgado pela Receita Federal, representa uma queda significativa em relação aos 33,01% do PIB registrados em 2022. O desempenho econômico favorável no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva impulsionou essa redução.

O PIB do Brasil apresentou uma expansão de 3,2% em 2023, um aumento robusto que contribuiu diretamente para a queda na carga tributária. Esse crescimento econômico elevou o PIB nominal para R$ 10,94 trilhões, uma alta de 8,57%, enquanto a arrecadação de impostos e contribuições subiu 5,59%, totalizando R$ 3,51 trilhões.

Distribuição da arrecadação

A maior parte da arrecadação ainda se concentra no governo federal, que recolheu R$ 2,38 trilhões, equivalente a 67,8% do total. Os estados arrecadaram R$ 876 bilhões, enquanto os municípios contribuíram com R$ 253 bilhões.

Tributação sobre consumo

Os impostos sobre bens e serviços continuam dominando a carga tributária, somando R$ 1,37 trilhão, o que corresponde a 12,6% do PIB. Esse modelo tributário, contudo, afeta desproporcionalmente as classes de renda mais baixa, um problema que permanece mesmo após as recentes reformas tributárias.

Comparação internacional

Mesmo com a redução, a carga tributária brasileira ainda está acima da média dos países da América Latina e Caribe (21,5% do PIB), mas próxima dos padrões da OCDE, que registrou uma média de 34% do PIB em 2022. O Brasil supera nações como Estados Unidos e Coreia do Sul, mas está abaixo de países como França e Suécia.