O preço da gasolina subiu cerca de 10% nos postos de combustível ao longo de 2024, mesmo com a Petrobras realizando apenas um reajuste nas refinarias em julho. A nova política de preços da estatal e fatores tributários desempenharam um papel crucial nesse cenário.
Política de preços da Petrobras
Desde maio de 2023, a Petrobras adotou uma nova abordagem para a definição dos preços dos combustíveis, afastando-se da paridade internacional de preços. Essa mudança visou mitigar a volatilidade nos preços internos, reduzindo o impacto das flutuações no mercado global de petróleo.
Em julho de 2024, a Petrobras realizou o único reajuste no preço da gasolina, com um aumento de R$ 0,20 por litro para as distribuidoras. Apesar disso, os consumidores enfrentaram aumentos significativos nos postos ao longo do ano.
Influência dos impostos
A reoneração dos impostos PIS/Cofins e o aumento do ICMS no início de 2024 também contribuíram para o encarecimento dos combustíveis. A alta carga tributária elevou os custos para os distribuidores e, consequentemente, para os consumidores finais.
O aumento do etanol e do diesel também foi notável, com o etanol apresentando um crescimento de 20,46% devido à menor produção de cana-de-açúcar e ao aumento dos preços internacionais do açúcar.
Embora o aumento da gasolina tenha sido significativo, seu impacto na inflação foi menor do que em anos anteriores. Isso se deve, em parte, à menor volatilidade dos preços dos combustíveis sob a nova política da Petrobras.