Os moradores de sete capitais brasileiras começaram 2025 enfrentando aumentos expressivos nas tarifas de transporte público. Belo Horizonte, Florianópolis, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo anunciaram os novos valores, que, em alguns casos, ultrapassam 13%. A medida, embora justificada pelas prefeituras e conselhos de transporte, já gera indignação entre os usuários.
Belo Horizonte ajusta tarifas e mantém gratuidade em áreas vulneráveis
Em Belo Horizonte, as novas tarifas de ônibus entraram em vigor no dia 1º de janeiro. Linhas convencionais agora cobram R$ 5,75, um acréscimo de R$ 0,50. A prefeitura argumenta que o aumento é necessário para garantir investimentos no setor. Entretanto, a gratuidade permanece para 12 linhas que atendem comunidades em situação de vulnerabilidade.
Florianópolis registra a passagem mais cara do país
Na capital catarinense, os usuários enfrentam um dos maiores reajustes. Quem utiliza o sistema com o Cartão Cidadão paga R$ 5,75, enquanto o pagamento em dinheiro ou QRCode chega a R$ 6,90. A disparidade nos valores levanta questionamentos sobre a acessibilidade do transporte público local.
Reajustes em Natal e Recife dividem opiniões
Em Natal, as tarifas chegaram a R$ 4,90, representando um aumento médio de 8,88%. Em Recife, a partir de 5 de janeiro, os passageiros do Anel A pagarão R$ 4,30. Apesar de ser o menor percentual entre as capitais, moradores afirmam que a qualidade do serviço não justifica o reajuste.
Rio de Janeiro amplia tarifas de ônibus e trens
No Rio de Janeiro, a tarifa de ônibus subiu para R$ 4,70, enquanto a dos trens passará para R$ 7,60 em fevereiro. O aumento, calculado com base na inflação, foi alvo de críticas devido à falta de melhorias percebidas no sistema de transporte da cidade.
Salvador e São Paulo também seguem tendência de alta
Em Salvador, as passagens subiram para R$ 5,60, impactando todos os modais do sistema integrado. Já em São Paulo, o valor dos ônibus municipais foi reajustado para R$ 5. O metrô e os trens também tiveram aumento, chegando a R$ 5,20. Apesar disso, a cidade manteve a gratuidade nas passagens durante domingos e feriados.
Os reajustes ocorrem em um momento de pressão econômica para grande parte da população. Trabalhadores que dependem do transporte público relatam dificuldade em absorver os custos, principalmente diante de salários que não acompanham o ritmo da inflação.