Dólar inicia 2025 em baixa, enquanto novo presidente do Banco Central assume comando

Decisão do Copom reduz dólar e fortalece a moeda brasileira
Foto: Valter Campanato/ Agencia Brasil
O dólar comercial fechou o primeiro pregão de 2025, nesta quinta-feira (2), cotado a R$ 6,16, registrando uma leve baixa de 0,28%. A moeda norte-americana começou o dia em alta, alcançando R$ 6,23 pela manhã, mas reverteu o movimento após o meio-dia, encerrando o dia em queda.

A movimentação reflete a confluência de fatores econômicos internos e externos. Nos Estados Unidos, dados sobre o seguro-desemprego influenciaram os mercados, enquanto no Brasil, a atenção dos investidores segue voltada para as incertezas fiscais em relação à trajetória das despesas públicas.

Além disso, a troca na presidência do Banco Central marca o cenário econômico de 2025. Gabriel Galípolo, economista de 42 anos e ex-diretor de Política Monetária, assumiu o comando da instituição, ao lado de outros três diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nilton David será responsável pela Diretoria de Política Monetária; Izabela Correa, pela Diretoria de Relacionamento Institucional; e Gilneu Vivan, pela Diretoria de Regulação.

A gestão de Galípolo, com mandato previsto até janeiro de 2028, representa um retorno da liderança do Banco Central a um nome alinhado ao governo federal. Ele terá como desafio conduzir a política monetária em um contexto de fragilidade cambial e incertezas fiscais.

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Jose Cruz/Agência Brasil

O desempenho do dólar em 2024

O dólar fechou o ano passado a R$ 6,18, registrando uma alta de 27,3% ao longo de 2024. O real foi a moeda que mais se desvalorizou entre os países do G20 e teve o sexto pior desempenho global frente ao dólar.

Essa desvalorização reflete as dificuldades econômicas enfrentadas pelo Brasil em 2024, incluindo incertezas sobre a política fiscal e a pressão inflacionária. Em 2025, a condução econômica sob nova liderança no Banco Central será fundamental para definir o rumo do câmbio e da estabilidade financeira no país.