Disparada do dólar deve elevar os preços no varejo em janeiro

Disparada do dólar deve elevar os preços no varejo em janeiro
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Com o dólar encerrando 2024 a R$ 6,18, acumulando uma alta de 27% no ano, o impacto sobre o varejo brasileiro já começa a ser sentido. A valorização da moeda americana elevou os custos de insumos importados e estimulou exportações, deixando menos produtos disponíveis no mercado interno. Essa combinação preocupa economistas e representantes do setor.

No mês de janeiro, muitos consumidores poderão enfrentar reajustes nos preços de produtos básicos. O aumento será resultado direto de negociações realizadas entre o varejo e seus fornecedores.
Os setores de alimentos, higiene e limpeza estão entre os mais afetados. Empresas que dependem de componentes químicos derivados do petróleo, cotados em dólar, já indicaram dificuldade em manter os preços sem repasses ao consumidor.

A indústria de bens de consumo, principal fornecedora do varejo, solicitou reajustes médios de 8% a 10%. Segundo fontes do setor, a alta cambial torna insustentável manter os preços anteriores.
Além disso, o mercado externo atrativo para setores exportadores, como o de soja e carne bovina, reduz a oferta de produtos no Brasil, gerando um efeito cascata.

Impacto no Consumidor

A principal consequência será percebida no bolso dos brasileiros. Com o aumento do dólar, produtos essenciais já apresentam pressão inflacionária, e os consumidores devem sentir os efeitos em breve. A situação é mais delicada para aqueles que consomem itens de higiene e alimentos, frequentemente reajustados em cenários de alta cambial.

Varejistas já relataram um aumento nos pedidos de renegociação por parte dos fornecedores. Representantes do setor afirmaram que o impacto será inevitável, especialmente após as festas de fim de ano, período em que os estoques estavam preparados para conter os preços.