O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que estabelece o novo salário mínimo de R$ 1.518 para 2025. O reajuste, oficializado pelo Palácio do Planalto, representa um aumento de 7,5% em relação ao valor atual de R$ 1.412. Essa medida, que entrará em vigor em janeiro, segue uma nova fórmula de cálculo, considerada essencial para ajustar o piso salarial às demandas econômicas e fiscais do país.
Regras para o novo reajuste
A fórmula para o reajuste do salário mínimo foi alterada, e agora inclui um teto de 2,5% para o aumento real além da inflação. Esse limite será válido até 2030 e faz parte de um pacote fiscal elaborado pelo Ministério da Fazenda. Segundo o governo, a medida busca equilibrar o crescimento do piso salarial com as restrições do orçamento público.
Com essa mudança, o valor de R$ 1.518 será aproximadamente R$ 10 menor do que o que seria alcançado pela fórmula anterior. Apesar disso, o reajuste ainda garante a reposição da inflação e um aumento real.
Impactos na economia e na população
O salário mínimo é referência para cerca de 54 milhões de brasileiros, segundo dados do Dieese. Ele influencia diretamente os ganhos de 22,7 milhões de pessoas, incluindo aposentados e beneficiários de programas sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Além disso, cada R$ 1 de aumento no mínimo gera um impacto de R$ 392 milhões nas contas públicas, já que muitos benefícios são reajustados com base nesse valor. Por outro lado, o aumento do piso salarial também eleva o poder de compra da população, impulsionando o consumo e estimulando a economia.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a adoção do teto de crescimento do salário mínimo deve gerar uma economia de até R$ 15,3 bilhões nos próximos anos. Apesar das críticas sobre a limitação do aumento real, o governo defende a medida como essencial para manter a sustentabilidade fiscal.