Dólar recua no último dia do ano e Ibovespa reage positivamente

BC anuncia leilão de US$ 3 bilhões para frear alta do dólar
Imagem: Reprodução / Freepik

O mercado financeiro brasileiro encerrou o ano com movimentos distintos entre o dólar e o Ibovespa. A moeda americana apresentou queda significativa nesta segunda-feira, 30 de dezembro, enquanto o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, operou em alta moderada.

Dólar em movimento de ajuste

O dólar registrou desvalorização de 0,27%, sendo cotado a R$ 6,1762 no final da manhã. Durante o pregão, a moeda chegou a atingir a máxima de R$ 6,2192, mas cedeu diante de ajustes do mercado e das expectativas sobre as contas públicas brasileiras.

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana havia encerrado o dia em alta de 0,26%, acumulando um avanço de 27,63% no ano. Apesar das oscilações, o cenário fiscal nacional segue como o principal fator de influência para o câmbio, com investidores atentos aos desdobramentos do pacote de cortes de gastos do governo.

Ibovespa ensaia recuperação

O Ibovespa, principal índice de ações da B3, apresentou valorização de 0,39%, alcançando 120.740 pontos no final da manhã. Esse movimento interrompeu a tendência de baixa observada na última sexta-feira, quando o índice havia fechado em queda de 0,67%.

Embora o índice acumule perdas de 10,37% no ano, o resultado de hoje reflete uma tentativa de recuperação estimulada pelo otimismo em relação a alguns setores econômicos e pela expectativa de estabilidade fiscal no próximo ano.

Influência dos números fiscais

Os dados divulgados pelo Banco Central nesta manhã indicam que o déficit primário das contas públicas consolidado em novembro foi de R$ 6,6 bilhões. Apesar de negativo, o resultado representa uma melhora significativa em comparação ao mesmo mês de 2023, quando o déficit chegou a R$ 37,3 bilhões.

Esses números têm impacto direto sobre as decisões dos investidores, que avaliam a capacidade do governo de alcançar as metas fiscais propostas para 2025 e 2026. O governo planeja zerar o déficit público nos próximos dois anos e iniciar uma trajetória de superávit a partir de 2026.