O orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável por concentrar subsídios no setor elétrico, deve ultrapassar o marco inédito de R$ 40 bilhões em 2025. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentará a proposta preliminar nesta terça-feira, marcando um novo patamar de custos compartilhados entre todos os consumidores brasileiros.
CDE: O que ela cobre?
A CDE reúne diferentes tipos de incentivos e subvenções. Entre eles, destacam-se:
- Tarifa social: desconto para consumidores de baixa renda.
- Luz para Todos: programa que universaliza o acesso à energia elétrica.
- Incentivos à agricultura irrigada: apoio aos produtores rurais.
- Fomento a fontes renováveis: subsídios para geração eólica e solar.
Esses programas, fundamentais para políticas sociais e ambientais, são financiados por meio das contas de energia de consumidores residenciais, comerciais e industriais.
Por que os custos estão aumentando?
O orçamento da CDE saltou de R$ 16,2 bilhões em 2019 para R$ 37,1 bilhões em 2024, e agora a previsão é atingir R$ 41 bilhões. Um dos principais fatores para esse aumento é o custo dos incentivos às fontes renováveis. Quando tecnologias como eólica e solar eram pouco desenvolvidas, os subsídios se mostravam essenciais. Contudo, especialistas apontam que, com o crescimento e a consolidação dessas fontes, é necessário reavaliar a continuidade desses benefícios.
A alta no orçamento da CDE significa que os consumidores brasileiros continuarão a sentir os efeitos no valor final de suas contas de luz. De acordo com analistas, a tendência de aumento nas tarifas segue a lógica de um setor que enfrenta desafios constantes para equilibrar os custos sociais, ambientais e econômicos.