Endividamento leva 21% dos brasileiros a buscar empréstimos

Endividamento leva 21% dos brasileiros a buscar empréstimos
Imagem: Reprodução/Freepik

Uma pesquisa conduzida pela Creditas, em parceria com a Opinion Box, revelou que cerca de 21% dos brasileiros recorreram a empréstimos no último ano. Entre os principais motivos estão a quitação de dívidas existentes, o pagamento de contas domésticas e a cobertura de despesas inesperadas.

A maioria dos entrevistados apontou o cartão de crédito (53%) como a principal modalidade utilizada, seguido de empréstimos pessoais (22%) e consignados (17%). Apesar do acesso ao crédito ser garantido na maioria dos casos, a pesquisa indicou que muitos brasileiros escolhem opções de juros elevados e prazos de pagamento curtos.

Bancos digitais lideram a busca por crédito

Uma das mudanças mais notáveis destacadas pelo levantamento foi o crescimento da preferência por bancos digitais. Cerca de 37% dos participantes recorreram a plataformas online para solicitar empréstimos, superando o percentual daqueles que buscaram instituições tradicionais presencialmente (34%).

Apesar da maior facilidade de acesso, o estudo revelou que a análise de opções ainda é limitada. Mais da metade dos entrevistados (56%) afirmaram pesquisar crédito em no máximo duas instituições antes de escolher a mais conveniente. Apenas 17% analisaram mais de quatro opções.

O impacto do crédito na organização financeira

Segundo Guilherme Casagrande, educador financeiro da Creditas, os brasileiros utilizam o crédito como um meio de reorganizar suas finanças. Contudo, a escolha de modalidades com juros altos pode dificultar o planejamento a longo prazo.

Além disso, o levantamento também evidenciou que 77% dos entrevistados que buscaram empréstimos tiveram acesso ao crédito em todas ou na maioria das tentativas, mostrando que o sistema ainda apresenta boa acessibilidade para muitos.

A pesquisa, que entrevistou 1.506 pessoas de diferentes regiões do Brasil, revelou a complexa relação dos brasileiros com o crédito. Para muitos, ele é uma saída para emergências financeiras e quitação de dívidas, mas a falta de análise detalhada pode levar a escolhas financeiras desfavoráveis.