O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial no Brasil, registrou alta de 0,62% em novembro. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento expressivo nos preços dos alimentos, especialmente óleo de soja, tomate e carnes.
Alimentos lideram a alta
O grupo de Alimentação e bebidas foi o principal responsável pelo aumento do índice. No mês, esse setor registrou alta de 1,34%, com destaque para a alimentação no domicílio, que subiu 1,65%. Entre os itens com maiores aumentos estão o óleo de soja, com 8,38%, e o tomate, que avançou 8,15%.
As carnes também tiveram um impacto significativo, com aumento de 7,54%. Esses produtos são itens básicos na cesta das famílias e sua alta afeta diretamente o orçamento doméstico.
Por outro lado, alguns alimentos apresentaram queda nos preços, como a cebola (-11,86%), os ovos de galinha (-1,64%) e as frutas (-0,46%).
Outros grupos pressionam o índice
Além da alimentação, outros setores contribuíram para a alta do IPCA-15. Despesas Pessoais subiram 0,83%, impulsionadas pelo aumento de 4,97% nos preços do cigarro, reflexo da elevação da alíquota do IPI.
Já o grupo de Transportes registrou alta de 0,82%, impactado pela disparada de 22,56% nas passagens aéreas e pelo aumento de 1,34% nos preços de ônibus urbanos. Entre os combustíveis, houve alta no gás veicular (1,06%) e na gasolina (0,07%), enquanto etanol (-0,33%) e diesel (-0,17%) recuaram.
Acumulado no ano e nos últimos 12 meses
Com o resultado de novembro, o IPCA-15 acumula alta de 4,35% no ano. Nos últimos 12 meses, o índice registra variação de 4,77%, acima dos 4,47% observados no período imediatamente anterior.
Esse acumulado também está acima da meta de inflação definida pelo Banco Central, de 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância, que vai de 1,50% a 4,50%.