Durante a cúpula do G20 no Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou com destaque a adesão de 82 países à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, um dos principais tópicos da presidência brasileira no evento e, talvez, o único com avanços concretos até o momento. A medida visa combater a fome e a pobreza em uma escala global, com um foco urgente na erradicação desses problemas que ainda afligem milhões de pessoas.
A adesão da Argentina, comandada por Javier Milei, aconteceu de última hora, conforme informações do Itamaraty. Embora inicialmente a Argentina não constasse na lista dos países participantes, sua inclusão reforça o alcance da aliança, que se tornou um símbolo importante da cúpula deste ano.
Em seu discurso de lançamento da aliança, Lula destacou a fome e a pobreza como as maiores tragédias coletivas da humanidade. “Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade”, afirmou. Ele também apontou que, de acordo com a FAO, em 2024, 733 milhões de pessoas ainda convivem com a subnutrição, o que equivale à população somada de países como Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá — todos enfrentando a fome simultaneamente.
Além da aliança, outras frentes de discussão no G20, como mudanças climáticas, inclusão social, taxação dos super-ricos, transição energética e reforma da governança global, seguem com resultados mais tímidos, sem avanços concretos para o momento. A Aliança Global contra a Fome, portanto, se consolida como o principal legado esperado dessa cúpula.