Em Goiás, a Enel foi o foco de uma Assembleia Legislativa por conta das interrupções de fornecimento de energia
A empresa italiana Enel é responsável pela distribuição de energia elétrica em diversas regiões do Brasil. Entretanto, a distribuidora de energia enfrenta críticas e processos judiciais devido a falhas no serviço prestado. Após perder a concessão em Goiás no ano passado, a empresa continua sob pressão em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
No estado de Goiás, a empresa foi alvo de uma comissão da Assembleia Legislativa. A Assembleia recomendou o cancelamento de seu contrato devido a frequentes interrupções no fornecimento elétrico, que afetou, inclusive, o setor agroindustrial. Em resposta, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a venda das operações para a Equatorial por R$ 1,5 bilhão, além da transferência de uma dívida de R$ 5,7 bilhões.
No Rio de Janeiro, o descontentamento com os serviços da Enel levou a ações do Ministério Público em várias cidades, como Niterói e Petrópolis, exigindo compensações aos consumidores. A Câmara Municipal de Niterói aprovou um relatório sugerindo o cancelamento da concessão da empresa, enquanto uma CPI da Assembleia Legislativa estadual também solicitou intervenção da Aneel.
Já no Ceará, a situação não é diferente. A Agência Reguladora do Estado do Ceará multou a Enel em R$ 28 milhões por falhas contínuas e demora na restauração do serviço. O aumento significativo nas reclamações dos consumidores motivou uma CPI que recomendou o fim do contrato da distribuidora. O Ministério Público cearense instaurou um procedimento administrativo para monitorar a qualidade dos serviços oferecidos pela concessionária.
De acordo com a CNN, houve a tentativa de contato, entretanto, a Enel ainda não se pronunciou.