A cooperação internacional entre os países foca no combate ao tráfico de drogas
Na última quinta-feira (10), o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, se encontrou com autoridades italianas para discutir um novo acordo de cooperação internacional focado no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado. A informação foi divulgada pelo próprio ministro.
De acordo com a CNN, o acordo será formalizado durante a Cúpula de Líderes do G20, marcada para novembro, no Rio de Janeiro. Este termo incluirá a troca contínua de informações entre as forças de segurança do Brasil e da Itália, visando fortalecer o combate ao crime organizado. Enquanto isso, durante sua reunião com o procurador-geral Antimáfia e Antiterrorismo da Itália, Giovanni Melillo, Lewandowski enfatizou a importância da colaboração policial e judicial para enfrentar esse desafio.
“Na reunião, o procurador-geral expressou o interesse da Itália em entender o modus operandi das organizações criminosas brasileiras. Nós já conhecemos bem a operação da máfia na Itália, e desejamos compartilhar informações sobre nossas abordagens”, afirmou o ministro a jornalistas.
Reunião
Além disso, Lewandowski se encontrou com o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, onde discutiram a cooperação jurídica entre os dois países nas esferas civil e penal. As autoridades também abordaram temas complexos, como inteligência artificial, proteção dos direitos humanos e o potencial das novas tecnologias para promover inovação e desenvolvimento socioeconômico. “Estamos aprendendo como a Itália enfrenta o crime organizado, um fenômeno global que requer uma abordagem colaborativa. É fundamental que haja cooperação internacional”, destacou.
Após isso, o ministro mencionou ainda que o governo brasileiro se empenha em impedir que recursos ilícitos do crime vão para atividades legais, contando com o suporte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras e da Federação Brasileira de Bancos. O ministro alertou que o crime organizado tem utilizado o fenômeno das apostas para lavagem de dinheiro.
“[Fernando] Haddad, da Fazenda, informou que está fechando mais de mil empresas que operavam ilegalmente nesse setor de apostas. Apenas um pequeno número ficará, aquelas com proprietários identificados, com CPF e CNPJ, e com recursos claramente declarados. A Polícia Federal está trabalhando para garantir que o crime organizado não domine esse mercado”, concluiu.